PSB e PMDB fecham acordo sobre Presidência da Alepi

Segunda-feira de muitos encontros para o governador reeleito Wilson Martins, do PSB. A história contada para justificar a visita de Martins ao Tribunal de Justiça, Tribunal de Contas do Estado e Assembléia Legislativa foi a de que os encontros tinham como motivo o Orçamento 2011. O projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias importa, sim, a todos, claro. O Poder Legislativo e o Judiciário -- este, principalmente -- quer e precisa de uma fatia maior do Orçamento para investir em estrutura, sobretudo no interior.

Ok. Mas a visita à Assembléia Legislativa teve um motivo ainda mais urgente: conter os ânimos dos deputados sobre a eleição da Mesa Diretora para o próximo biênio. Havia a forte notícia de que o deputado Wilson Brandão, do PSB, iria atrás da vaga de presidente da Alepi, confrontando o interesse de Themistocles Filho, do PMDB. E o conflito entre o seu partido e o de seu vice é tudo o que Martins não quer.

Cortar o barato do deputado Themístocles Filho não era uma boa opção para o PSB, depois que o governador eleito, ainda na pré-campanha aceitou o veto ao nome do peemedebista -- por parte do PT -- para compor a chapa majoritária na vaga de vice-governador. Sem ter como negar a importância do PMDB e a ótima avaliação da gestão de Themístocles na Alepi, os amigos chegaram a um acordo.

Deputados que participaram da reunião comentam que a "engenharia política" para acomodar os interesses de todos é a de que Themístocles fica na presidência pelos próximos dois anos, e Wilson Brandão será o sucessor. Assim, ao final do mandato o PSB preside a Alepi, e o PMDB comanda o Estado, com a provável saída de Martins para uma campanha ao Senado.

Meio Norte